segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Agradecimentos

É com grande prazer que o Grupo de Cuidados Paliativos do Hospital Heliópolis agradece a presença de todos no I Encontro organizado por nossas equipe.
A sua participação fez do nosso encontro um sucesso.
Momentos como esses são riquíssimos, afinal profissionais, e acima de tudo pessoas, tão diferentes se uniram para discutir um assunto tão importante para quem lida com o ser humano: o CUIDAR!
Estamos de portas abertas para recebê-los.
Obrigado
Com carinho
GRUPO DE CUIDADOS PALIATIVOS DO HOSPITAL HELIÓPOLIS
OBSERVAÇÃO: Em breve teremos fotos no evento. Aguarde!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Programe-se!!

I ENCONTRO DE CUIDADOS PALIATIVOS DO HOSPITAL HELIÓPOLIS
06 de Novembro de 2009
Anfiteatro Térreo
TEMA
Critérios de inclusão em Cuidados Paliativos
Inscrições no Local: 9h30
Início: 10hs
Organização: Grupo de Cuidados Paliativos do Hospital Heliópolis

domingo, 25 de outubro de 2009

EVENTO DO GRUPO


I ENCONTRO DE CUIDADOS PALIATIVOS DO HOSPITAL HELIÓPOLIS

06 de Novembro de 2009
Anfiteatro Térreo

Abertura: 9h30
Início: 10hs

TEMA:
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO EM CUIDADOS PALIATIVOS

Convidados:
Dra. Ana Georgia Cavalcanti de Melo – Fundadora da Associação Brasileira de Cuidados Paliativos

Dr. Ricardo Caponero – Presidente da Associação Brasileira de Cuidados Paliativos


Organização: Grupo de Cuidados Paliativos do Hospital Heliópolis

Inscrições pelo e-mail: cuidadospaliativos.heliopolis@gmail.com
(Envie nome completo, RG e insituição)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Discussões

Para quem ainda não nos conhece, somos um grupo formado por diversos profissionais da área da saúde e também administrativa do Hospital Heliópolis. O desejo de discutir sobre a questão de qualidade de vida e o nosso papel diante disso para os nossos pacientes, fez com que formássemos o Grupo de Cuidados Paliativos.
Fazemos semanalmente reuniões para as discussões de casos e de questões burocráticas. Porém há aproximadamente duas semanas, um dos membros, Dr. Marcos Brasilino, levantou a questão sobre como agimos e enfrentamos a morte de forma pessoal.
Uma série de perguntas foram destinadas a profissionais que ali estavam e que nos deixou, por todo este período, pensando sobre como ajudar alguém que está frente a morte ou seus familiares se muitas vezes não sabemos como reagir se isso acontecer conosco.
Será que estamos realmente preparados para morrer? O que é morrer para cada um de nós?
Essas discussões tem sido muito enriquecedoras para o grupo, pois tenho certeza, e agora falo de maneira pessoal, que cada um levou para casa parte do que nossos pacientes e seus familiares sentem. E é assim que vamos crescendo juntos...
Venha fazer parte dessa discussão. Você também pode contribuir e crescer com este grupo!!!
Por Fabíola Rocha Tristão
Sugestão dada por Dra. Judith: "Saber Envelhecer", Cícero.
Segundo o site Travessa.com.br, neste límpido e célebre texto sobre a velhice, Cícero desenvolve a tese de que a "arte de envelhecer" é encontrar o prazer que todas as idades proporcionam, pois todas tem as suas virtudes.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

EVENTO!!!


Instituto de Infectologia Emílio Ribas
Dia Mundial de Hospice e Cuidados Paliativos 2009
“Descobrindo sua Voz”


A Equipe Interdisciplinar de Cuidados Paliativos do Instituto de Infectologia Emílio Ribas realizará um evento do “DIA MUNDIAL DE HOSPICE E CUIDADOS PALIATIVOS” em nosso anfiteatro no dia 07 de outubro de 2009.
Desta maneira, nosso Instituto soma-se aos esforços mundiais no sentido de divulgar e introduzir esta assistência em nosso país.

Programação
4ª feira – 07/10

Ø 8:00 – 8:15h - RECEPÇÃO

Ø 8:15 – 08:45h - ABERTURA
Dr. David Emerson Uip – Diretor Técnico do IIER
Dr. Marcos Vinicius da Silva - Diretor Divisão Científica do IIER
Drª Mônica Estuque Garcia Queiroz – Coordenadora da Equipe Interdisciplinar de Cuidados Paliativos do IIER

Ø 8:45 – 09:00h - ATUAÇÃO DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR DE CUIDADOS PALIATIVOS NO IIER
Drª Mônica Estuque Garcia Queiroz – Coordenadora da Equipe Interdisciplinar de Cuidados Paliativos do IIER


Ø 9:00 – 9:45h - “ATENÇÃO DOMICILIÁRIA EM CUIDADOS PALIATIVOS”
Dr. Claudio Sakurada – Médico coordenador do Programa de Atendimento Domiciliar e do Grupo de Apoio ao Profissional e ao Paciente Crítico do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo - HU/USP

Ø 9:45 - 10:00H - DISCUSSÃO

Ø 10:00 – 11:15h – “O ADOECER E A TERMINALIDADE NAS ARTES VISUAIS”
Dr Ricardo Tapajós – Médico infectologista - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo / FMUSP

Ø 11:15 – 11:30H – DISCUSSÃO

Ø 11:30 – 12:00 – ATIVIDADE MUSICAL
Saxofonista André Paganelli

Ø 12:00 – ENCERRAMENTO E COFFEE BREAK.

Inscrições Gratuitas
Vagas Limitadas
e.mail : expedientetecnica@emilioribas.sp.gov.br
fones: 3896-1162/1192 -com Srª Luciana
Horário: 07:00 ás 15:00 h

quarta-feira, 23 de setembro de 2009



Elizabeth Félix da Silva Freitas
Assistente Social



Graduada em Serviço Social pela Faculdade Paulista de Serviço Social (1995).
Especialista em Perícia Técnica em Serviço Social pela Faculdade Paulista de Serviço Social(2008).
Realizou Aperfeiçoamento em Previdência Social – Curso Formadores em Previdência Social (Ministério da Previdência Social /Secretaria da Previdência Social).
Atualmente é Assistente Social nas clínicas de Oncologia, Reumatologia e Dermatologia.
Coordenadora do Projeto Cantinho da Beleza (espaço de estética/beleza para os pacientes) desde 2005 e do Projeto Carmim (Aulas de artes plásticas para pacientes e acompanhantes) desde 2004.




quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Evento

Em novembro acontecerá o I Congresso Brasileiro de Cuidados Paliativos, promovido pela Casa do Cuidar.

Para maiores informações acesse o site: http://www.congressopaliativos.com.br/

domingo, 6 de setembro de 2009

Conheça mais um membro da nossa equipe!!



Isabel Guido
Enfermeira





Graduada em Enfermagem pela FEO -Faculdade de Enfermagem e Obstetrícia de Adamantina. Especialista em Geriatria e Gerontologia pela UNIFESP-Universidade Federal de São Paulo e em Cuidados Domiciliar a Idosos, também pela UNIFESP-Universidade Federal de São Paulo.
Pós-graduada em Docência do Ensino Médio, Técnico e Superior na área da Saúde pela FAP- Faculdade São Judas dos Pinhais.
Supervisora de serviços técnicos do setor de Neurocirurgia e Neurologia do Hospital Heliópolis.
Responsável pelo Ambulatório de Enfermagem em Esclerose Lateral Amiotrófica, setor de neuromuscular da UNIFESP/EPM/HSP.

domingo, 23 de agosto de 2009

Conheça a nossa equipe!!


DRA. JUDITH CRISTINA GOUVEIA NOGUEIRA

Formada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Fundação do ABC em 1988. Fez residência Médica em Cirurgia do Aparelho Digestivo no Hospital Heliópolis. Mestre em Comunicação e Semiótica (na área de Ciências Cognitivas) pela PUC-SP. Atua no Hospital Heliópolis acompanhando os pacientes submetidos a Cirurgia Bariátrica e leciona no ensino superior e pós –graduação há 20 anos. Tem 2 livros publicados : "DO MOVIMENTO AO VERBO" e "CONTOS SEM FADAS", ambos pela editora Annablume. Colabora com crônicas para o Jornal da Humanização do Hospital Heliópolis e é membro da equipe de Cuidados Paliativos do Hospital Heliópolis.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Conheça mais um membro da nossa equipe!!


Meire Angela Achkar Bonetti

Presidente da Comissão de Humanização


Formada em Licenciatura Plena - Artes Plásticas pela Faculdades Integradas Tereza D`Avila- Santo André em 1988. Concursada e atuando no Hospital Heliópolis desde 1985; inicialmente no Setor de Registro Geral onde atuou como substituta de chefia, ingressando em 1987 na creche, como pajem e posteriormente coordenadora pedagógica e substituta de chefia até 2008 . Atuou voluntariamente no Projeto Arterapia (1988) ministrando aulas de artes plásticas e artesanato nos andares aos pacientes internados e seus acompanhantes em um projeto inovador envolvendo a utilização de sucatas. Participante do projeto Arte Cultura e Lazer nos Hospitais, da Secretaria de Estado da Saúde.

Em 2002 foi indicada pela responsável da creche para compor a Comissão de Humanização do Hospital onde juntamente com outros membros atuou intensamente em vários projetos propostos pela coordenação. Em 2005 foi eleita pelos membros, Presidente da Comissão de Humanização formando uma nova equipe e implementando projetos voltados à profissionais da saúde e pacientes, entre eles o "Narrativas de Passagem" que narra contos de tradição oral para os pacientes em seus leitos e na quimioterapia, com grande aceitação por parte dos mesmos.

Foi indicada como membro da CONSAT (Comissão de Saúde do Trabalhador). Participou de vários cursos voltados à área da educação e Humanização, entre eles os encontros Estaduais de Humanização da SES e cursos formativos.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Pausa nas apresentações!!!

Uma breve pausa nas apresentações para sugerir um artigo sobre Cuidados Paliativos e Manifestações Depressivas:

Manifestações Depressivas Identificadas no TratamentoPaliativo no Serviço de Terapia da Dor e Cuidados Paliativos daFundação CECON - Um Estudo de Caso Panorâmico

Retirado de: http://www.praticahospitalar.com.br/pratica%2041/pgs/materia%2020-41.html

Romena Bandeira de Melo Arce(1); Dra. Mirlane Guimarães de Melo Cardoso(2)

1.Psicóloga do Serviço de Terapia da Dor e Cuidados Paliativos da FundaçãoCentro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas.Especialista em Psicologia Clínica pelo Centro Universitário Luterano de Manaus – AM.

2.Médica Anestesiologista e Algesiologista.Chefe do Serviço de Terapia da Dor e Cuidados Paliativos da FCECON.Professora Assistente de Farmacologia da Universidade Federal do Amazonas.Mestre pela Universidade Federal do Ceará em Dor Experimental.




INTRODUÇÃO
A Organização Mundial da Saúde conceitua saúde como sendo o bem-estar físico, psíquico e social do indivíduo ocorrendo conjuntamente e não apenas a ausência de enfermidade ou doença. A partir deste conceito entende-se e confirma-se a relação existente entre mente e corpo tão estudada desde os primórdios da Psicologia e outras ciências afins.A Psicologia tem importância em todas as situações relacionadas à saúde do ser humano, e o psicólogo como profissional da promoção de saúde deve atuar e investigar as implicações emocionais que podem influenciar em patologias orgânicas e vice-versa.No presente trabalho pretende-se demonstrar as manifestações depressivas identificadas em um paciente oncológico em tratamento paliativo na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas – FCECON. Tal fato justifica-se pela severidade da patologia e a indução de conseqüências emocionais, orgânicas, sociais e espirituais na vida do paciente. O tratamento paliativo torna-se então uma nova área de atuação clínica do psicólogo, já que o paciente geralmente em quadros neoplásicos metastáticos, sem condições então de terapia biomédica de cunho curativo, passa a apresentar alterações psíquicas significativas.
ABORDAGEM PSICOLÓGICA NOS CUIDADOS PALIATIVOS EM ONCOLOGIA
O Tratamento Paliativo é aquele direcionado a pacientes portadores de doença crônica degenerativa em estágio avançado, bem como a seus familiares, no que se refere ao enfrentamento desta fase final, especificamente do câncer, onde não há mais tratamento curativo.(1,8)Esta filosofia de assistência global do paciente em fase avançada da doença refere-se aos hospices, que nos últimos 30 anos vem sendo difundida para o desenvolvimento dos cuidados paliativos principalmente na Inglaterra, país iniciador deste movimento.(8)Para este estudo selecionou-se uma paciente encaminhada ao Serviço de Terapia da Dor e Cuidados Paliativos da FCECON, 64 anos, casada, aposentada, nível socioeconômico adequado, portadora de câncer de mama com metástases ósseas e um importante quadro álgico de difícil controle.O tratamento paliativo direcionado a ela baseou-se nos seguintes princípios:- Afirmar a vida e considerar a morte como um processo normal.- Oferecer alívio da dor e de outros sintomas que causam sofrimento.- Oferecer um sistema de apoio para ajudar o paciente a viver tão ativamente quanto possível até a morte.- Oferecer um sistema de apoio à família no enfrentamento da doença e no processo de luto.Este princípio norteador do tratamento paliativo desenvolvido na FCECON tem proporcionado a esta paciente e muitas outras uma melhor qualidade não só de vida, mas de morte, uma vez que se entende que a morte adequada é a ausência de sofrimento, a preservação de relações importantes, um período para vivenciar os lutos, alívio de conflitos familiares, crença no infinito, exercício de opção e atividades viáveis, consistências com as limitações físicas, tudo dentro dos objetivos de ego ideal de cada um.(1)
TRANSTORNO DE HUMOR: MANIFESTAÇÕES DEPRESSIVAS IDENTIFICADAS NO CASO
A paciente apresentava no início do tratamento psicoterápico o seguinte quadro psicopatológico: angústia significativa, insônia, baixa energia e estima, falta de motivação, além de perda do apetite. Com base nos relatos obtidos durante as entrevistas iniciais identificaram-se características presentes no Transtorno Depressivo Maior Recorrente Moderado.(3)Identificou-se que no caso em tela havia predominância de características melancólicas e sintomas na esfera cognitiva e motora. Porém, os principais sintomas giravam em torno do humor. Inicialmente identificou-se um sentimento profundo de tristeza, angústia excessiva, o que mostra afeto do tipo depressivo. Os sintomas cognitivos identificados foram: baixa estima, pessimismo, atitudes negativas e redução da motivação. Havia ainda lentificação do pensamento e diminuição da expressão por lentidão da fala, ou seja, bradilalia. Esta última refere-se a uma modificação na emissão da linguagem oral por perturbações afetivas, sem que haja comprometimento dos elementos encarregados da articulação da linguagem. Os sintomas motores identificados foram retardo psicomotor na conduta, a chamada hipoatividade, comum em quadros depressivos. Sintomas somáticos oriundos do Transtorno Depressivo em questão, como a alteração do padrão de sono com predomínio da insônia e um padrão alimentar com presença de inapetência.Estas alterações psíquicas identificadas no caso têm explicações também fisiológicas que devem ser consideradas. Relacionam-se tais alterações a um baixo nível de neurotransmissores (norepinefrina e serotonina) com diminuição da atividade neurológica nas áreas do cérebro que são responsáveis pelo prazer.(5)
A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA PSICOLÓGICA NO TRATAMENTO DA DOR CRÔNICA ONCOLÓGICA
As síndromes álgicas que se manifestam nos doentes oncológicos são freqüentes e mais incapacitantes que as que se manifestam em outras condições patológicas. Freqüentemente decorrem de fatores relacionados direta ou indiretamente com o tumor primário e suas metástases. Menos freqüentemente, essa dor é decorrente dos procedimentos diagnósticos ou de terapias anticâncer, como: mucosites, mialgias, artralgias, neuropatias.(8-10)A paciente em estudo foi encaminhada no ano de 2002 ao Ambulatório de Dor, sendo diagnosticado um quadro de dor mista contínua, severa mista com componente neuropático importante e um estado emocional que estava interferindo negativamente na expressão da dor e nas respostas ao tratamento farmacológico instituído nesta paciente.O fenômeno da dor desde os primórdios da Medicina trata-se de um mistério, já que envolve fatores fisiológicos, emocionais, culturais e sociais. Porém, foi somente a partir do século XX que os estudiosos começaram a considerar o componente psicológico na sensação dolorosa. A expressão da dor é a forma pela qual a dor (experiência que pode ser dividida) é comunicada; esta pode ser verbal ou não-verbal (através de gemidos, atitudes). Neste caso especifico, identificou-se que a paciente demonstrava através de atitudes desmotivadas e pessimistas a dor que sentia.Com a intervenção do tratamento psicoterápico, o quadro álgico estabilizou-se, conseguindo-se assim um controle significativo. Este fato confirma o pressuposto que o quadro de dor apresentado pelo paciente relaciona-se significantemente por questões emocionais. Daí a importância de considerarmos dois princípios básicos na avaliação da dor no paciente com câncer, que são: a dor total (fatores físicos, ambientais, emocionais e sociais) e procurar definir os mecanismos determinantes dessa dor.
CUIDADOS PALIATIVOS CONVIVENDO COM A MORTE COMO POSSIBILIDADE
Ao iniciar o tratamento psicoterápico estabeleceu-se um contrato terapêutico com a paciente, onde é registrada a visão da Psicologia sobre o adoecer, seja ele mental ou orgânico, ou seja, a consideração do indivíduo, como uma unidade soma-psique, procurando manter sua integridade como um todo, um ser singular, dinâmico, dotado de corpo e alma que se desenvolve em um ambiente e nele interage, sendo ele determinante e determinado pelas relações que estabelece.(2)Como em todo processo de adoecer, ao reconhecer o diagnóstico a paciente passa a se perceber enferma, e adota uma nova condição: ser doente e portanto ser passiva. Esta situação inicial se manteve, influenciando negativamente no quadro clínico da paciente, que não estava sabendo lidar adequadamente com as limitações que a doença já lhe impunha. Sentia-se agredida por estas limitações, gerando um conflito interno complexo, além de projetar incertezas no futuro.Seguindo a teoria concebida por Freud no que tange a angústia, pode-se considerar que esta paciente vivenciou esta situação por se deparar com algo que não esperava (notícia da recidiva do câncer). Tal situação provocou um abalo emocional similar à reação de susto descrita ainda por este autor em 1915, quando ele diz que susto é o estado que invade o sujeito exatamente quando o mesmo depara-se com um perigo em relação ao qual não se encontra preparado, ou melhor, protegido.(4)A psicanálise trabalha a idéia da comoção psíquica da perda do sentimento de si que uma situação de choque pode produzir.(6) Tal fato justifica-se pela fantasia onipotente de segurança e de imortalidade. O impacto do diagnóstico neste caso confronta-se com a própria imortalidade e com as angústias correspondentes a este fato.As intervenções psicoterapêuticas nesta paciente foram direcionadas a amenizar todas as reações apresentadas pela paciente na esfera emocional, principalmente as depressivas citadas anteriormente. Utilizou-se a técnica de Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica neste acompanhamento terapêutico, que se mantém até os dias de hoje.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho apresentou-se uma análise isolada de um caso clínico, mas que retrata a nossa rotina no Serviço de Terapia da Dor e Cuidados Paliativos da FCECON, com intuito de analisar de forma especial o Transtorno Depressivo dos pacientes oncológicos, já que os sintomas apresentados, sejam eles da esfera cognitiva, afetiva, motora ou social, geram seqüelas emocionais intensas nestes pacientes, principalmente naqueles que se encontram na fase de terminalidade, onde a angústia diante da finitude se torna algo aterrorizante para o psiquismo do ser humano.Com o tratamento oferecido pela equipe de Cuidados Paliativos da FCECON obteve-se no caso em estudo diminuição dos principais sintomas depressivos apresentados, além de propiciar um reforçamento egóico mais adaptativo diante da morte. A paciente demonstra estar lidando de forma mais adequada com o processo de adoecimento psíquico e orgânico no qual se encontra.
REFERÊNCIAS
1. Carvalho MM. Psicooncologia no Brasil: resgatando o viver. São Paulo: Summus;1998.
2. Camon VAA. E a psicologia entrou no hospital. São Paulo: Pioneira; 1996.
3. DSM – IV. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 4ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas; 1995.
4. Freud S. Nossa atitude para o tempo de guerra e morte (1915). Em: Obras completas. Rio de Janeiro: Imago; 1996. Vol. XIV.
5. Holmes D. Psicologia dos transtornos mentais. 2ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas; 1997.
6. Labaki ME. Morte – clínica psicanalítica. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2001.
7. Julio MF. Psicossomática hoje. Por Alegre: Editora Artmed; 1992.
8. Twycross RG. Terminal care of cancer patients: hospice and home care. In: Bonica JJ. The management of pain. 4ª ed. Philadelphia: Lea & Febiger; 1990. p. 445-460.
9. Pimenta CAM. Aspectos culturais, afetivos e terapêuticos relacionados a dor do câncer. [Tese Doutorado] Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. São Paulo: 1995; 132p.
10. Cardoso MGM. Efeito potencializador do antineoplásico paclitaxel (taxol®) na hiperalgesia inflamatória experimental induzida pelo zymosan. [Dissertação de Mestrado] Apresentada ao Depto. de Fisiologia e Farmacologia – UFC. 2003.
Colaboração de Roseli Pieroni (Psicóloga)

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Conheça nossa equipe!!

Adelisa Isabel da Silva
Nutricionista

Graduada em Nutrição pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (2001), especialista em Fisiologia do Exercício pela Universidade de São Paulo (2003) e especializanda em Nutrição Clínica pelo GANEP (2009). Tem experiência em Nutrição, com ênfase em Nutrição Clínica e Domiciliar, nos temas nutrição enteral e doenças crônico-degenerativas.
Atualmente é Nutricionista Responsável pelo Setor de Dietoterapia do Hospital Heliópolis, membro da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) e da Equipe de Cuidados Paliativos.
Link para acessar Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2433781532033879







terça-feira, 21 de julho de 2009

Conheça nossa equipe!!



Gianna Mércia Dutra Barros
Psicóloga

Possui Graduação em Psicologia pela Universidade São Judas Tadeu (1994), aprimoramento em Psicossomática pela Escola Paulista de Psicologia Aplicada (1998) e Psicologia Hospitalar pelo Hospital Paulistano (2000). Atualmente é psicóloga da Seção de Reabilitação e Saúde Mental do Hospital Heliópolis e coordenadora do Grupo de Apoio ao Paciente Amputado do Hospital Heliópolis, é membro da Comissão de Humanização. Atua principalmente nas áreas de Cirurgia Vascular e Cuidados Paliativos.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Conheça nossa equipe!!


Roseli Pieroni
Psicóloga


Possui graduação em Psicologia pela Universidade Metodista de São Paulo (1984), especialização em Psicologia Hospitalar pela Faculdade de Educação e Cultura do ABC (1989), formação em Terapia Comunitária pela Universidade Federal do Ceará (2007). Atualmente atua na Seção de Reabilitação de Saúde Mental do Hospital Heliópolis, nas áreas de Oncologia e Cuidados Paliativos e membro da Comissão de Humanização do Hospital Heliópolis.

terça-feira, 7 de julho de 2009


Terapeuta Ocupacional
Fabíola Rocha Tristão


Graduada pelo Centro Universitário São Camilo em 2003. Especialista em Reabilitação Neuromúsculoesquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2008) e aluna do curso de Especialização em Terapia da Mão e Reabilitação do Membro Superior pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Atualmente é terapeuta ocupacional do Centro Hospitalar do Serviço Penitenciário (ISCMSP), do Hospital Heliópolis e da na Escola e Clínica Paulista (SBC). Já trabalhou na AACD no setor de Terapia Ocupacional Infantil, no Hospital Geral Vila Nova Cachoeirinha tanto em Enfermaria Pediátrica quanto no Ambulatório de Mão e também no Centro Paulista de Tecnologia Assistiva com avaliação e prescrição de Cadeira de Rodas e mobiliários adaptados. Realiza também atendimentos domiciliares de pacientes com afecções ortopédicas e distúrbios neurológicos. Membro da Equipe de Cuidados Paliativos do Hospital Heliópolis e responsável pela administração do Blog de tal equipe.


Link para currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/2797693366017176

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Conheça nossa equipe!


Fisioterapeuta Viviane Aparecida Moreira Lessa
Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade de Mogi das Cruzes (1997), especialização em Fisiologia pela Faculdade de Medicina do ABC (2000), aperfeiçoamento em Fisioterapia aplicada a Cardiologia pelo Instituto Dante Pazzanese (2002), especialização em Insuficiência Respiratória e Cardiovascular em UTI, pelo Hospital do Câncer AC Camargo (2004).
Atualmente é fisioterapeuta, chefe da seção de Reabilitação e Saúde Mental do Hospital Heliópolis, membro da Comissão de Humanização e do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Heliópolis. Atua principalmente nas áreas de UTI, Emergência, pré e pós operatório de cirurgia abdominal e bariátrica, além dos Cuidados Paliativos.
É professora/supervisora de estágio em Unidade de Terapia Intensiva e Emergência pela FMU.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Conheça a nossa equipe!



Dr. Marcos Brasilino de Carvalho

Possui graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (1971), especialização em cirurgia oncológica pelo Hospital do Câncer A C Camargo (1971-1975) e em cirurgia de cabeça e pescoço pelo Institut Gustave Roussy (Paris,1983). Mestre em Cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (1993) e Doutor em Cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (1993). Atualmente é Coordenador de Pesquisa do Hospital Heliópolis e pesquisador colaborador da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO e ONCOLOGIA, atuando principalmente nos seguintes temas: câncer de cabeça e pescoço, câncer de boca, câncer da laringe e câncer de tireóide. Tem dois livros publicados: TRATADO DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO E OTORRINOLARINGOLOGIA (2001) e TRATADO DE TIREÓIDE E PARATIREÓIDES (2007).
Link para Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/620843388657374

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Seja bem vindo




O Grupo de Cuidados Paliativos do Hospital Heliópolis é constituído por uma equipe multidisciplinar e interdisciplinar formada por assistente social, enfermeiro, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico, nutricionista, psicólogo, terapeuta ocupacional e por uma representante da Comissão de Humanização. O inicio das atividades se deu a partir da adesão espontânea destes profissionais com domínio de diversificadas áreas de competência, mas todos motivados a realizar além de suas obrigações para buscar alívio dos sintomas, qualidade de vida e uma existência digna para pacientes portadores de doenças graves e em uma fase em que não são mais candidatos a qualquer tentativa de tratamento curativo.

A base da nossa atuação é a intenção de compartilhamento de experiências no interior do grupo e, como tal, compartilhar com o paciente e seus familiares a nossa crença de que sempre haverá alguma coisa de bom a ser feita.


Por Dr. Marcos Brasilino de Carvalho
Em breve todos os profissionais serão apresentados. Aguardem!